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Prefeitura de SP suspende obra de túnel que liga Zona Sul à Imigrantes



Duplicação da Av. Chucri Zaidan e parque linear serão prioridades. Túnel de 2,4 km está previsto na Operação Urbana Água Espraiada.



A Prefeitura de São Paulo suspendeu a construção do túnel que ligará a Avenida Jornalista Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes. O túnel, de 2.350 metros, faz parte da Operação Urbana Água Espraiada. Em nota, a administração municipal informou que a suspensão da obra foi tomada após audiência pública. "A duplicação da Avenida Chucri Zaidan, a construção de habitação de interesse social e a implantação do parque linear passaram a ter prioridade em relação ao túnel", diz o texto. A Prefeitura não informou se a suspensão é temporária nem o que será feito dos contratos já assinados. A administração limitou-se a dizer que houve "uma inversão do processo referente à Operação Urbana Água Espraiada". A administração não quis informar o valor dos contratos assinados nem quanto isso será economizado no orçamento deste ano e nos próximos. A suspensão da obra pelo prefeito Fernando Haddad (PT) era uma das ações de destaque do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Kassab chegou a mudar o projeto que previa uma extensão de 400 metros para o atual, de mais de 2 km. Para isso, mobilizou na época vereadores para aprovar a modificação na Câmara, em 2011. O Estudo de Impacto Ambiental previa o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho junto à Avenida Doutor Lino de Moraes Leme, percorrendo cerca de 750 metros por duas pistas a céu aberto até chegar aos túneis, localizados na Rua Wilson Pereira de Almeida. Eles iriam desembocar após a Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, onde seguirão novamente a céu aberto, com acessos à Rodovia dos Imigrantes. O Estudo de Impacto Ambiental previa o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho junto à Avenida Doutor Lino de Moraes Leme, percorrendo cerca de 750 metros por duas pistas a céu aberto até chegar aos túneis, localizados na Rua Wilson Pereira de Almeida. Eles iriam desembocar após a Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, onde seguirão novamente a céu aberto, com acessos à Rodovia dos Imigrantes. Uma das polêmicas em relação à construção do túnel é o número de desapropriações necessárias. O estudo de impacto ambiental estipula em 28 mil o número de moradores que terão de deixar suas casas. Seriam atingidas casas, torres residenciais e pelo menos 12 favelas. Em fevereiro do ano passado, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente assinou a Licença Ambiental Prévia (LAP), que estabelece requisitos básicos do que deve ser atendido no projeto e orienta o desenvolvimento do projeto executivo. A discussão sobre a aprovação da licença se arrastou desde agosto de 2009, quando o EIA-RIMA chegou à Secretaria do Verde. Audiências públicas foram realizadas, mas mudanças feitas pela própria Prefeitura no projeto de lei travaram o licenciamento. A criação do túnel é prevista desde 2001 como parte da Operação Urbana Água Espraiada, que prevê uma série de intervenções no uso do solo e viárias em bairros como Brooklin e Morumbi. A Operação Urbana Água Espraias prevê também a construção de um parque linear de 600 mil metros quadrados. Segundo a Secretaria do Verde, o aspecto “mais importante” do projeto é a consutrução de “moradias seguras” para mais de 8 mil famílias que estão atualmente em áreas de risco sobre a várzea e sobre o Córrego Água Espraiada. Procurada nesta sexta-feira, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras não informa os prazos com que trabalha para a construção do túnel.



Notícia Postada em 03/07/2013

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